Por que momentos de crise criam boas oportunidades para comprar imóvel?

A conquista de um imóvel é certamente o maior desejo de grande parte das famílias brasileiras. E concretizar esse sonho exige uma boa dose de tempo, isso porque, demanda, entre outros aspectos, muito planejamento, pesquisa e análise do orçamento familiar.

Mas, como estamos passando por uma crise causada pela pandemia da COVID-19, muita coisa mudou e, mesmo em um cenário que pode parecer pouco favorável, existem ótimas oportunidades para quem está pensando em comprar um terreno, tanto para investir quanto para morar. Confira abaixo alguns motivos que indicam que é um bom momento para a compra:

 

• Imóvel está em alta!

Levantamento elaborado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostra que, num cenário de juros baixos, o investimento em ativos imobiliários passa a ser uma opção cada vez mais interessante e que, nos últimos 10 anos, o investimento em imóveis se tornou mais vantajoso do que outras aplicações financeiras.

Na opinião de economistas especialistas em mercado imobiliário, hoje vivemos outra realidade, com as taxas das aplicações financeiras muito baixas devido à Selic ter sofrido queda. Além disso, o imóvel mantém certa valorização e dificilmente se desvaloriza. Com a aquisição a família deixa de pagar aluguel, que consome grande parte do orçamento familiar.

Há outras vantagens na compra, seja para investir ou parta morar, pois se trata de um bem que sofre menos impacto em momentos de crises financeiras sendo possível, ainda, gerar uma fonte de renda com a locação, que possui uma boa rentabilidade em longo prazo. O estudo da Abrainc indica, por exemplo, que somente os ganhos com aluguel já superaram os rendimentos de aplicações em renda fixa.

 

• Mais crédito e juros mais baixos para a compra do imóvel

Os números são atrativos e, sem dúvida, é um momento favorável para quem está pensando em sair do aluguel e encarar a compra da casa própria, trocando o valor da locação pela prestação do financiamento.

Isso porque, as taxas juros para comprar imóvel atualmente estão muito reduzidas e as pessoas estão demandando crédito para comprar a casa própria.

Pode-se verificar esta realidade com o aumento do volume de crédito concedido pelos bancos nesse período. Com taxas menores, o volume de pessoas em condição de tomar empréstimo para comprar a casa própria só aumenta, trazendo uma gama de clientes que antes não teriam acesso ao financiamento imobiliário.

Outros aspectos permeiam o setor. Os efeitos da forte queda da Selic na concorrência entre os bancos também já são visíveis pela maior pressão por redução das taxas de crédito imobiliário.

 

• Repensando o modelo de moradia

Ficar meses em casa fez muita gente repensar na compra de um lugar com configurações específicas. E a era do home office certamente vai influenciar a formatação dos novos imóveis.

Arquitetos, urbanistas e designer terão que repensar e desenvolver modelos de imóveis focados no novo “jeito de morar”, discutindo as soluções para a atual e futura realidades.

 Mesmo a geração chamada de “millenials”, jovens nascidos nos anos de 1980 e início da década de 1990 e que normalmente torciam o nariz quando o assunto era investir em um ativo real, como o imóvel, provavelmente irá refletir sobre essa questão.

 

• Mercado mais digital e ágil

Pensar em comprar um imóvel de maneira totalmente digital há alguns anos, por exemplo, era algo pouco provável. Mas devido à pandemia os cartórios de registro de imóveis agilizaram alguns processos e a certificação digital para assinatura do registro do imóvel apresentou avanços durante esse período.

Segundo levantamento, no final de maio de 2020 pelo menos 9 estados do Brasil já permitiam um processo de compra 100% online, incluindo até o registro de imóveis no cartório.

Essa evolução visa reduzir de forma significativa o tempo da operação. Além de eliminar a necessidade de recebimento do contrato físico pelo cartório, o registro eletrônico pode trazer benefícios para as incorporadoras e clientes uma vez que não precisam realizar deslocamentos.

E além da facilidade do registro eletrônico, a liberação do financiamento imobiliário ficou mais ágil. O próprio Banco Central passou a permitir que as instituições financeiras liberassem os recursos de financiamentos imobiliários antes de concluir o processo de alienação fiduciária em que o imóvel é registrado como garantia da operação. Coisa que só era possível antes com o contrato devidamente registrado.